1 Ano depois da demissão (ou o 1º ano fora da CLT)
Há 1 ano atrás eu escrevi este texto e me lançava em mundo meio incerto e cá estou eu, com muitos aprendizados e algumas contas para pagar mas parece que estamos vencendo.
Na época, para contextualizar, eu trabalhava na Designa há 4 anos e durante esse tempo algumas pessoas entraram e saíram da empresa para tomarem rumos distintos e irem atrás de muitos sonhos diferentes, e eu senti, que naquele momento, era a minha hora de me arriscar…
… e me arrisquei.
Nesse último ano trabalhei como freelancer para clientes fora do país, trabalhei em uma startup de educação aqui no Vale do Paraíba e atualmente tenho tentando conseguir clientes e projetos por conta, o que, para ser sincero, é bem difícil.
Sinto que todos esses processos e fases foram extremamente importantes para mim e hoje tenho uma visão bem diferente de como esse mundo funciona e posso tirar algumas dicas que eu gostaria de ter ouvido há 1 ano atrás.
1 — Nem tudo é para sempre
As vezes a gente pensa que ter uma fonte de renda é algo fixo, certo e para todo sempre, mas a verdade é que nem sempre é assim. Enquanto eu trabalhava de freelancer pela Toptal tive a oportunidade de fazer um dinheiro bem bacana. Consegui deixar grande parte de um financiamento que eu tinha pago (o que foi de grande ajuda para o meu eu do futuro), porém eu deveria ter feito mais.
Pense sempre em uma reserva de emergência e em viver com menos do que seu dinheiro atual pode te proporcional, a gente nunca sabe o dia de amanhã e nem mesmo o seu CLT é para sempre!
As dicas do Me Poupe podem te ajudar a pensar mais sobre isso. (Queria eu ter prestado mais atenção há 1 ano atrás!)
2 — Conheça o projeto antes de aceitar a proposta
Essa dica é em especial para os programadores de plantão. Procure conhecer o projeto em que você está aceitando trabalhar. E não estou falando só sobre as ideias e business da coisas, estou falando de código. Sempre que possível, ao receber a proposta para entrar em um projeto que já está em andamento, peça para ver alguns pedaços do código, para ver como ele foi/é escrito e veja se você se encaixa ou se aceita a trabalhar naquilo.
Eu aceitei na emoção (e na necessidade financeira) e acabei me assustando muito quando tive o primeiro contato com o código (e cada dia eu tinha uma surpresa nova). É claro que a gente se acostuma muita quando passamos muito tempo escrevendo nossos códigos seguindo o workflow de um lugar. Temos sempre que estar abertos para novas coisas, porém, algumas coisas podem te trazer mais dor de cabeça do que prazer e isso vale para a próxima dica também.
3 — Cada equipe é uma equipe diferente
Conhecer o time em que você vai trabalhar pode ser mais difícil a primeiro momento e você só os conhecerá de verdade no dia-a-dia. Diferente do código, que só de olhar você consegue detectar várias coisas, com pessoas não é bem assim que acontece.
Da mesma forma de nos acostumamos com o Workflow, nos acostumamos com quem nos cerca e com a forma que essas pessoas trabalham. Nem sempre o CEO vai ser um cara gente boa, que sabe dialogar e guiar a empresa de uma forma bacana e nem sempre seus teammates estarão no mesmo degrau que você, as vezes você precisará correr atrás de mais conhecimento e as vezes ser quem oferece esse conhecimento.
4 — Vida de babaca é atribulada
Conseguir seus próprios clientes não é fácil. Ainda mais em um mercado saturado e menosprezado como o da cidade onde moro. Quando você consegue, as vezes pode ficar na promessa deles fecharem um projeto ou pagarem o que já começou durante 2, 3 meses. Nesse tempo, o dinheiro que esta indo embora é o seu.
Não vai ter ninguém para te lembrar de pagar o DAS, Emitir nota Fiscal, ir atrás de cliente novo, cobrar o cliente antigo que não pagou, fidelizar o cliente antigo que já terminou o projeto. Isso sem contar outras mil variáveis que, quando você é contratado (CLT) você nem vê.
Por fim, foi um ano intenso e de muitas coisas, boas e ruim. As vezes bate um desespero e uma vontade de voltar há 1 ano atrás e voltar a ser CLT, as vezes da vontade de largar tudo e abrir uma hamburgueria. A liberdade de poder tomar o rumo que eu quiser, é sem dúvida inestimável, mas ainda me pergunto se nasci para essa coisa de “empreender”.
Tem pessoas que nasceram para ter suas próprias empresas e levarem a vida dessa maneira, outras nasceram para trabalhar na empresa de alguém e ajudar essa empresa a crescer, não tem nada de errado nisso.
Eu ainda estou tentando descobrir para o que nasci, mas o importante, por hora, é que estamos vencendo. (:
AH! Se estiver precisando de uma ajuda para tirar sua ideia do papel e colocar seu projeto online, #mandaJobs!